sexta-feira, 6 de junho de 2008

Anonimidade

Ser anônimo na rede
Anonimidade na rede é algo muito discutido atualmente. Existe alguma maneira de ser
totalmente indetectável na Internet? Existe sim e é bem simples. Muitos programas e
ferramentas prometem tornar seu usuário invisível mas são pura enganação. O que você
precisa é de conhecimento, não de softwares. Um usuário pode conseguir passar em
computadores no Japão, Alemanha e Finlândia antes de atacar um site no Brasil. Aí que se
faz a fama dos “metidos a crackers”. Um cracker pega o seu notebook, vai a um telefone
público, utiliza uma conta roubada de internet, se conecta a cinco computadores pelo mundo
e utilizando-os conecta-se a um sistema de anonimidade. Após isso entra na página do FBI e
apaga alguns arquivos. Nunca, digo nunca realmente com muito ênfase, será pego. Todos os
bons crackers não são pegos, justamente pela facilidade de se esconder. Ou seja, não dependa
de ferramentas de rastreamento, nem da polícia, nem nada. Apenas com a segurança do seu
sistema. É a sua maior garantia.

Usando o anonymizer
O anonymizer é um dos muitos serviços gratuitos de anonimidade na net. Visitando a sua
homepage (www.anonymizer.com) ele possibilita que você digite algum endereço e seja
redirecionado para ele. Exemplo: eu digito www.felainternet.com.br na página do serviço e
ele me redirecionará para o provedor de Internet FELA, só que com o endereço IP do
anonymizer. Ou seja, se os administradores da página consultarem o log, não verão meu real
endereço. Em sua versão básica (gratuita) o serviço possibilita apenas que você abra páginas
HTTP. Ou seja, nada de FTP. Há ainda um serviço pago que pode ser conferido na página.
Último detalhe: não é possível utilizar um anonymizer para conectar-se a outro.

Proxys
O proxy, antigo conhecido de muitas pessoas que mexem com rede, possibilita uma ponte
entre um computador e um servidor. Para exemplificar melhor, imagine que você possui uma
rede local, mas somente um dos seus computadores têm placa fax-modem. Então você se
conecta por ele e utiliza um proxy para que o outro computador da rede faça uma ponte e
acesse a Internet pelo servidor. O endereço IP utilizado será do servidor. Acontece que
existem muitos proxys gratuitos na Internet. Brasileiros ou internacionais, eles possibilitam
que você navegue tranqüilamente e às vezes ficam até mais rápidos do que com a conexão
comum. O proxy também têm uma vantagem: você pode usar um proxy para entrar no
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anonymizer (assim escondendo seu endereço IP duas vezes). Endereços gratuitos de proxy
podem ser encontrados na página www.cyberarmy.com.

Wingates
O Wingate parece muito com o proxy, mas sua aplicação é um pouco mais perigosa por
dois fatores. Primeiro: o wingate é acessado por telnet, então possibilita a conexão a qualquer
tipo de servidores, sejam telnet, ftp, smtp, pop, ou até algum trojan. Segundo: ao contrário do
anonymizer e do proxy que só pode ser usado uma vez, o wingate não têm limites. Você pode
conectar-se a um wingate chinês, depois utilizá-lo para entrar em um argentino e um italiano.
A cada conexão, você terá um novo endereço IP. Imagine o trabalho para algum
administrador descobrir quem invadiu o sistema. Terá que entrar em contato com a
autoridade de cada país e mesmo assim se ela quiser ajudar. É claro que a cada novo wingate
a conexão vai ficando mais lenta. Só é bom mesmo para quem possui uma conexão de alta
velocidade. Existem alguns scanners que procuram subnets por wingates. Alguns deles
podem ser pegos em ftp.technotronic.com. Para uma lista de wingates, visite o site
www.cyberarmy.com.

Remailers
O Remailer é muito parecido com os outros, mas é somente para se enviar e-mails
anonimamente. Com ele não é preciso utilizar um wingate para se conectar a um servidor
smtp, o próprio remailer já é um servidor anônimo. Mas por via das dúvidas, fique com o
bom e velho wingate pois ele é mais garantido. Antes de sair mandando bombas de e-mail,
saiba que esses serviços geralmente não conseguem manipular muitas mensagens em um
pequeno intervalo. Isso quer dizer que qualquer um que dê uma de esperto e queira inundar a
caixa de e-mails de outra pessoa com centenas de e-mails provavelmente vai ter o seu
endereço IP real revelado.

Shells
Esse é realmente uma mão na roda. Uma vez alguém disse “O bom cracker não é o que
consegue utilizar bem um sistema Unix e invadir uma rede. É o que utiliza Windows e
consegue o mesmo resultado”. Isso é uma verdade. Afinal, o Unix e o Linux podem até ser
mais complicadinhos de se usar mas existem centenas de ótimas ferramentas para eles. É só
pensar que quase todos os exploits disponíveis na Internet hoje são códigod-fonte em C. Já o
Windows não possui tantos recursos assim, o que torna mais difícil alguma invasão usando
esse sistema. Para facilitar existem os shells, máquinas utilizando serviços Unix na Internet
que possibilitam que você se conecte nelas por telnet e ftp e as utilize como se fossem locais.
Execute programas, compile códigos-fonte, utilize o bom e velho VI, use o sendmail e tudo o
mais. Para uma lista de shells consulte a página www.cyberarmy.com ou cadastre-se no
endereço http://cyberspace.org/.

Outdials
Citarei esse método mais como estudo pois ele é bem difícil de ser feito. O Outdial
consiste em se conectar via telnet em algum sistema que possibilite conexão via modem.
Deixe-me explicar melhor: você quer invadir um sistema nos EUA. Não têm dinheiro para se
conectar diretamente (e pagar caro, apesar da prograganda das operadoras), então procura um
outdial, se conecta via telnet e indica o telefone do sistema a ser invadido. O computador que
roda o outdial discará e você conectará no sistema sem pagar absolutamente nada. O
problema é encontrar outdials hoje em dia. Não vai adiantar muito mas se quiser obter uma
lista antiga de outdials, pegue o FAQ da 2600 em www.2600.com.

IP Spoof
A técnica mais antiga e devastadora de invasão de computadores. Trabalha a nível de
protocolo, abaixo da camada dos aplicativos. É como o trojan de ponte, mas bem mais eficaz.
No caso do trojan por exemplo, uma máquina era Windows, o que facilitou a sua instalação.
Mas e uma rede que só existam máquinas Unix, mesmo assim fortemente seguras? Vamos
supor que queremos invadir uma rede militar qualquer com 1000 computadores. O servidor
central aonde ficam os dados confidenciais só se comunica com mais dois computadores,
assim evitando o perigo de acesso pela Internet.
Ora, o erro está aí. Apesar de se comunicar só com duas máquinas, elas têm acesso à rede
externa. Existe então uma relação de confiança entre esses computadores e o servidor. Aí que
entra o IP SPOOF. Ele consiste em estudar com um sniffer as sequencias numéricas do
cabeçalho ip que é enviado à maquina alvo. Supondo que a máquina alvo seja A (a que
queremos invadir) e a que têm relação de confiança com ela seja B. Após aprender a
sequência correta, inundamos a máquina B com pacotes syn malformados (criando um denial
of service para “amordaçá-la”). Então criamos um pacote IP com cabeçalho falso, fingindo
ser a máquina B ( que não pode falar tadinha). Além disso, existem dois tipos de IP SPOOF.

Non-blind spoof
Esse spoof é realizado dentro da própria subnet em que se encontra o atacante. Ele é um
spoof “não cego” pois permite que o atacante receba (usando um sniffer) a resposta da
máquina A para a B após nosso ataque. Supondo que enviamos o comando:
<> >> /etc/rhosts
Esse é um comando para que o computador alvo passe a nos considerar “de confiança” ,
cedendo-nos espaço para quando fizermos um rlogin. Mas como saber se o comando
funcionou? Com o non-blind spoof isso é possível

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